Mead Schaeffer foi um pintor e ilustrador norte americano nascido 1898 em Freedom Plains, NY, cujo trabalho como ilustrador de clássicos como Moby Dick, O Conde de Montecristo e Os Miseráveis o fizeram destacar-se dos demais artistas.
Tendo crescido em Springfield, Massachusetts, Schaeffer inscreveu-se no Pratt Institute no fim do ensino secundário. Os seus primeiros trabalhos a óleo, com cores lustrosas aplicadas em grandes quantidades, são reminiscentes de N.C. Wyeth e Dean Cornwell, assim como do seu professor Harvey Dunn um dos mais consagrados pintores e ilustradores da época. Este facto faz de Schaeffer um “neto” de Howard Pyle, o formador de Dunn, e um sucessor da tradição de pintura americana começada na Brandywine School.
Nos seus primeiros trabalhos de ilustração, distinguiu-se através de composições e posicionamento das figuras cuidadosamente estudados, assim como pelo uso da luz e cor.
Durante anos Mead Schaeffer ilustrou um a dois livros por ano, bem como mais de duas dezenas de artigos para revistas, tendo viajado frequentemente na busca de referências para as suas obras. Além de ilustrar os clássicos da literatura, Schaeffer trabalhou para muitas das revistas da época, como Cosmopolitan, American Magazine e The Saturday Evening Post.
Por volta de 1930, Schaeffer viveu em Arlington, Vermont e, nessa altura, talvez em parte por influência de Norman Rockwell, de quem era amigo e vizinho, começou a focar-se mais em temas do quotidiano e pessoas do dia a dia. Porém, o seu método de trabalho divergia do de Rockwell, visto ele evitar referências fotográficas, preferindo pintar as pessoas de imaginação. “A câmera tem tudo, excepto aquilo que precisas”, Schaeffer terá dito.
No início da 2º Guerra Mundial, Schaeffer e Rockwell viajaram até Washington onde tentaram arranjar fundos para um conjunto de pinturas que retratavam o esforço da guerra. No entanto, foi na viagem de regresso que, ao passar pela Pennsylvania, obtiveram o apoio que procuravam. Ben Hibbs do Saturday Evening Post, gostou das propostas dos dois artistas e encomendou-lhes um conjunto de ilustrações para a revista. O trabalho de Schaeffer resultou numa série de capas comemorativas das forças armadas Norte Americanas.
Ao fim de muitos anos a viajar pelos Estados Unidos, a fazer capas para o Post, aposentou-se na sua casa em Vermont e, literalmente, dedicou-se à pesca e à pintura, mas como hobbie.
Mead Schaeffer morreu de ataque cardíaco em 1980, durante um almoço na Society of Illustrators em Nova Iorque.