Sempre foi um bocadinho complicado definir o The Lisbon Studio. Mais do que um mero atelier ou espaço de co-work, é um colectivo de artistas, e ao longo da última década, passaram por lá ilustradores, designers, animadores, realizadores, argumentistas e até arquitectos. Mas, se é verdade que estar ligado à banda desenhada nunca foi um pré-requisito, também não é menos verdade que a BD foi, desde o início, a actividade predominante entre os residentes. Alguns dos maiores nomes da BD nacional, a trabalhar para o mercado norte americano bem como em Portugal, ocupam desde 2011, um espaço em Santa Apolónia com uma vista para o Tejo que inspira qualquer um. Há quem lhe chame a casa da BD e eu tenho de concordar. Entre os residentes actuais e todos os que por lá foram passando, o nível de talento é qualquer coisa de assombroso.
Claro que sou suspeita, estou a falar dos meus amigos. Fiz parte do TLS durante quase dois anos, quando ainda era na Estefânia — e o Pedro, bem mais do que isso — e continuamos a acompanhar de muito perto todas as suas aventuras. Felizmente, há como verificar que as minhas palavras são merecidas. A ComicHeart e a GFloy juntaram-se para co-editar as TLS Series, uma colecção de antologias de BD criadas pelo pessoal do estúdio. Cada antologia tem um tema, um convidado principal que contribui com uma história a cores, e várias outras curtas a preto e branco.
O primeiro número, “Cidades”, com capa e história central de Filipe Andrade, foi lançado este verão. O segundo volume é lançado amanhã, sábado 4 de Novembro, na Amadora BD, pelas 15h30 e é ainda mais sumarento (pelo menos, tem mais páginas). “Silêncio” tem capa e história central de Jorge Coelho e argumento de André Oliveira. Conta ainda com histórias de Darsy Fernandes, Bárbara Lopes, Nuno Lourenço Rodrigues e Filipe Duarte Pina, Marta Teives e Pedro Vieira de Moura, Paula Bivar de Sousa, Pedro Ribeiro Ferreira e Ricardo Cabral.
Estão ambos uma maravilha. Continuem a produzir, queremos mais!
– Patrícia